Ora bem eu sou uma perfeccionista incurável. Adoro dormir, já que possuo uma relação amorosa muito íntima com a minha almofada. Tenho consciência que sou uma grande preguiçosa, por vezes é necessário um guindaste para eu fazer qualquer coisa. Sou teimosa até dizer chega, e uma orgulhosa do “caraças” (muitas das vezes levo as pessoas ao desespero). Não vivo sem um bichinho chamado telemóvel, visto que não sei estar incomunicável. Adoro tudo o que é colorido, porque a vida se não for colorida não tem piada. Deliro quando como morangos com chantilly (pode mesmo dizer-se que vou ao céu e fico por lá). Sou impulsiva e gostava de começar a pensar duas vezes antes de agir (estou a trabalhar nisso, mas está a ser difícil!). Passo a vida a sonhar acordada, já que às vezes penso demasiado em certas coisas (sei que estou a entrar em contradição, mas é a verdade). Quando estou deprimida, ir às compras é o que mais me anima (e mesmo quando não estou deprimida vou às compras e fico animada à mesma!). Não vou bater a bota, esticar o pernil, ir para a cova (ou o que lhe quiserem chamar), sem ter em casa uma sala decorada em tons de Vermelho, Preto e Branco. Tirar fotografias é outra paixão, já que ficam registados os melhores e às vezes os piores momentos que eu passo. Tenho uma pancada por borboletas, porque gostava de ser como elas, bonita e livre de voar para onde quisesse. Sou uma chorona, pois sempre que aquelas pessoas mais especiais e importantes têm gestos de carinho para comigo eu emociono-me toda. Não sei viver sem essas pessoas, porque elas me completam e tornam-me a cada dia que passa uma pessoa melhor. Adoro brincar, rir e conversar, pois acho a vida demasiado curta para ser levada tão a sério. Sou uma destrambelhada e uma doida, mas acho que quanto a isso não há nada a fazer. Fico fula com boatos e mal-entendidos, sobretudo quando o culpado por eles não os resolve. Sou bastante persistente, luto, esperneio, berro por tudo o que acredito. Sou uma criatura bastante sincera e directa (peço imensa desculpa a todos os que eu, porventura, magoei graças a isto). Resumindo, sou o que sou e ninguém vai mudar isso!
A água é hoje um bem essencial praticamente inexistente no Porto Santo, mas nem sempre foi assim. Em Janeiro de 1893 foi efectuada em Paris a primeira análise das águas da Fontinha, que dariam origem poucos anos depois, à primeira e única fábrica de água mineral da ilha.
